FESTA EM CONTADOR
A MARCHA DAS MULHERES
Sob o tema “Mulheres em Ação na Campanha do Negão”, centenas de poço-branquenses caminharam pelas ruas da cidade, nesta quarta-feira (30), partindo do Conjunto Novos Tempos até o comitê da coligação “Poço Branco cada vez melhor”.
No final da tarde, um grande número de mulheres, portando bandeiras e vestimentas vermelhas, deixaram seus afazeres para defender suas posições políticas no município. A manifestação tematizou ainda o poderio da participação intelectual, profissional e eleitoral das mulheres poço-branquenses na comunidade – este último respondendo por 50,57% do eleitorado apto a votar.
As mulheres de vermelho igualmente ressaltaram suas preocupações com o futuro do município em que vivem, trabalham ou frequentam e demonstraram o seu grande poder de organização e mobilização. Elas entoaram músicas e jingles da campanha política durante todo o percurso e fizeram questão de demonstrar suas opções eleitorais, afastando qualquer possibilidade de revanchismos, mágoas e ataques pessoais.
“Não estou aqui para dizer quem presta e quem não presta ou quem é ladrão ou não. Não estou nessa caminhada para desrespeitar as pessoas, mesmo que elas sejam adversários porque todo mundo já sabe quem é quem... Tenho o direito de demonstrar o meu desejo de que essa administração continue, pois acho que vem dando certo e não pode parar agora. Este é um direito que tenho e que ninguém pode me tirar”, comentou a participante M.L.L (56).
A mãe de família J.M.P (45) afirmou: “Eu estava indecisa, mas agora já decidi em quem vou votar... Muitos políticos de todos os lados foram a minha casa pedir meu voto e outros só queriam que eu colocasse uma bandeira em cima da minha casa, nada mais... Parece que o meu voto sozinho não valia nada pra eles, o que valia era pendurar a bandeira... Hoje, acho que o melhor para Poço Branco é continuar porque é menos arriscado. Tem muita gente boa do outro lado também, mas tem muitos políticos em quem não confio nunca mais. Por isso vim aqui”.
Em frente a sua residência, o cidadão M.A.S (71) disse ter ficado surpreso com aquela passeata só com mulheres. Ele argumentou: “Gostei de ver essa passeata, pois, no meu tempo, as mulheres não tinham essa coragem, só as mais novas tinham... Não sei se vou votar esse ano por causa da minha idade, mas agora criei coragem depois que vi essa passeata das mulheres. Gostei de ver”.
Ao chegar ao comitê avós, mães, filhas, irmãs e amigas vibraram a cada fala das participantes da caminhada das mulheres. De uma forma geral, cada uma delas deixou a sua mensagem destinada a continuação do desenvolvimento de Poço Branco.
APROVADOS
O IFRN divulgou o resultado do seu último certame para os cursos técnicos na forma subsequente. No campus de João Câmara foram aprovados quatro poço-branquenses:
Lucas Rodrigues de Lima - filho de Marta Rodrigues (Chanda);
Marcos Antônio de Lima - conhecido como Chorão;
Wildes José Matias de Lima - filho de Berg Santino.
O Blog parabeniza os aprovados e suas famílias pela grande e importante conquista.
POR QUE ACERTAR O VOTO?
Em geral, a maioria dos eleitores brasileiros não dar muita importância para o que (e quem) os seus candidatos representam. Poucas são as vezes que se preocupam com as suas propostas, como eles agem no dia a dia e, sobretudo, com seus passados como agentes públicos. Esta é uma realidade secular que vem sendo combatida a cada eleição: basta ver as redes sociais da internet.
No entanto, como a rede mundial de computadores ainda não chegou às populações mais carentes, a maioria dos eleitores (mesmo nos grandes centros) ainda considera uma eleição como uma oportunidade de ganhar algo, de tirar algum proveito e o voto acaba se transformando numa mercadoria de troca. Essa parece ser uma opinião quase consensual, apesar de estar diminuindo nos últimos anos.
Perguntar a um candidato quanto ele espera gastar em sua campanha ainda não faz parte do vocabulário dos eleitores. Seja nas eleições gerais ou nas municipais, a cortina que separa os bastidores de uma eleição do momento do voto continua fechada. Apesar das populações, especialmente as mais urbanas, terem adquirido um aparente grau de maturidade e consciência politica, esse tipo de assunto continua um grande tabu.
De uma forma generalizada, os candidatos não fazem a menor questão de falar desse assunto, mas a pergunta em sí não parece tão difícil de ser feita: difícil é o candidato responder a verdade. Basta observar algumas declarações de gastos de candidatos a vereador, por exemplo. É inimaginável acreditar que seus gastos mensais não passem de R$500, tendo notícias de que os gastos, na prática, são centenas de vezes maiores.
A disparidade entre o que é declarado à Justiça Eleitoral e o que efetivamente é gasto é absurda, configurando o chamado “caixa 2” e deixando a sociedade sem a menor idéia de quanto os concorrentes estão gastando, de onde (ou de quem) seus recursos são captados e quanto cada um ficará devendo na “praça”... Estes expedientes impedirão que tais candidatos consigam ser parlamentares livres e atuantes e, devendo dinheiro ou troca de favores, estarão cada vez mais próximos de serem corruptos e desviarem dinheiro público que poderia melhor servir a saúde, a educação, dentre outras áreas.
É preciso lembrar que grande parte dos candidatos que afirmam possuir muitos recursos financeiros até se gabam de poder comprar votos durante e na véspera da eleição. Os que usam a força do dinheiro, das falsas promessas e compromissos de campanha (que jamais serão cumpridas), acabam levando vantagem sobre os demais postulantes. E o pior é que esse tipo de candidato rir da ausência e da pouca estrutura da Justiça Eleitoral, pois têm a certeza da impunidade e de que nenhum eleitor irá denunciá-los.
Então ficam as perguntas: será vantajoso votar em alguém com quem não se tem a menor intimidade de falar, depois da eleição? Como reclamar ou solicitar um candidato que não estará presente na cidade - exceto durante as sessões da câmara? Como falar com um vereador que andará de carro como os vidros fechados e que nem dirigirá a palavra ao eleitor? Enfim: é melhor votar por afinidade, reconhecimento ou por alguma vantagem? É melhor pensarmos bem, pois para consertar esse erro é preciso esperar quatro anos.
AGÊNCIA
Após uma espera de mais de 25 anos, Poço Branco poderá ganhar uma agência de banco, uma conquista que está prestes a se realizar. De acordo com o plano de expansão do Banco do Brasil, sete municípios potiguares ganharão novas agências até o ano de 2013 - dentre eles, Poço Branco. Entre os motivos para a escolha das cidades estão a infraestrutura disponível, o crescimento econômico e a existência de um mercado consumidor local que facilite a circulação de renda nestes municípios.
As prefeituras dos municípios serão as instituições mais beneficiadas, pois contarão com a comodidade dos pagamentos e transações financeiras de seus funcionários e prestadores. Essa medida do Banco do Brasil não beneficia apenas o município e sim toda uma região ao seu redor, facilitando a vida de moradores, comerciantes, visitantes e pessoas que passam pela cidade. A iniciativa é de comun entendimento entre a instituição financeira, o Governo do Estado e as prefeituras.
ENCONTRO
Acontecerá nos próximos dias 4, 5 e 6 de setembro a II Semana de História de João Câmara – sob o tema “Entre Histórias e Políticas”. Promovida pelos alunos do curso de História da UERN, o encontro será realizado no Auditório da Casa de Cultura Gumercindo Saraiva e no Salão do Núcleo de Ensino Superior da UERN de João Câmara. Participe!